CONTRIBUIÇÕES IMORTAIS: "'Pessoa com deficiência' ou 'Pessoa deficiente'?", texto de Glaura Sepúlveda FantiniE"?

"PESSOA COM DEFICIÊNCIA" OU "PESSOA DEFICIENTE"?

GLAURA SEPÚLVEDA FANTINI

Membro-fundador da Academia de Ciências e Letras de Sabará
Cadeira 27. Patrono: Zoroastro Vianna Passos

Desde a implantação da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva pelo MEC em 2008, a pessoa com deficiência vem sendo evidenciada na sociedade em situações mais corriqueiras e convivência no dia a dia. 

Assim, por questão de respeito, ética e adaptabilidade na denominação, comunicação e tratamento, é de extrema importância que se use a expressão "pessoa com deficiência"; esse, sim, é o termo adequado e correto. 

Na década de 80, por influência do "Ano Internacional das Pessoas Deficientes", começou a ser usada a expressão "pessoa deficiente", mas foi se criando certo melindro com esse tipo de adjetivação discriminatória e excludente, pois denotava a condição de "pessoa" para segundo plano. 

Somente na década de 90, essa denominação passaria a ser "pessoa portadora de deficiência", que foi abreviada para "pessoa com deficiência". 

Outro aspecto importante a ser considerado na atualidade, de acordo os estudos da psicologia, psiquiatria, neurologia e áreas afins, é que não há "pessoa sem inteligência". Isso porque a inteligência humana pode ser classificada de acordo com as habilidades a serem desenvolvidas, tais como a lógico- matemática, a verbal-linguística, a naturalista, a cinestésico-corporal, a visual-espacial, a musical, a intrapessoal e a interpessoal. 

Portanto, esse novo conceito nos vem sinalizar que a pessoa, portadora de alguma deficiência ou não, é menos desenvolvida ou possui limitações numa determinada habilidade ou área de conhecimento. 

Há que se estar vigilante e atento no ato da comunicação para que seja denotado no discurso uma postura de zelo e respeito para com o outro.