PATRONO: "A Casa Rouca", poema em prosa de Aníbal Machado, declamado por Túlio Damascena
A CASA ROUCA
ANÍBAL MACHADO
Escritor modernista sabarense, crítico de arte, arregimentador cultural, teatrólogo e estudioso de cinema. Patrono da Cadeira 1 da Academia de Ciências e Letras de Sabará, ocupada pela historiadora, mestre em Educação, coordenadora do projeto literário "Clube de Leitura Iniciados de Aníbal" no Museu do Ouro, Isabella Carvalho de Menezes.
ANÍBAL MACHADO
Declamado por Túlio Damascena,
ocupante da Cadeira 16 da ACLS.
Ficara o
galo, sobrevivência da ruína.
Rouco o seu
canto. Canto que não parecia mais de galo, senão a própria voz da casa
abandonada. Casa rachada ao sol, aluindo-se ao vento de chuva.
Não mais
agora figuras humanas entrando; apenas lagartixas e morcegos para recepção às
sombras.
Casa rouca
submersa no matagal, teu galo ficou. E seu canto perdeu o timbre de sol, já não
inaugura os dias. E se fez adequado aos estragos do reboco, à podridão das
esquadrias – última secreção de paredes gemidas.
Galo rouco.
Casa rouca.
ab
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Amigo, como é bom ouvi-lo!
ResponderExcluirSelma
Incrível... Palavras do conterrâneo Aníbal Machado na voz do meu amigo querido... Glaura
ResponderExcluirQueremos mais pérolas de Aníbal Machado!
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