"Por solos mais férteis", Edilaine Ferreira da Silva

Membro-fundador da Academia de Ciências e Letras de Sabará
Cadeira 3. Patrono: Antônio Pertence Júnior


Título original:

Desempenho de ureia revestida com poliuretano

como fertilizante de Phaseolus vulgaris L.


Autora: Edilaine Ferreira da Silva;

Coautores: Camila Alves Escanio; Magno André de Oliveira; Augusto Cesar da Silva Bezerra e Alan Rodrigues Teixeira Machado


Devido a sua grande importância mundial, a cultura do feijoeiro requer uma produção em grande escala, tornando necessária a utilização de fertilizantes. Dentre eles, a ureia se destaca como um dos mais importantes. No entanto, observam-se perdas significativas do nitrogênio por meio de lixiviação, volatilização e desnitrificação. Para contornar esse problema, vários grupos de pesquisa têm estudado o revestimento de fertilizantes com polímeros, uma vez que, por meio deles, é possível controlar a liberação de nutrientes, bem como a sua disponibilidade no solo. Nesse contexto, os grânulos de ureia (Fig. 1a) foram revestidos com poliuretano, o qual consistiu-se de uma mistura simples de difenilmetano diisocianato e poliol poliéter (Fig. 1b). Foram produzidos cinco tipos de revestimentos variando as proporções dos reagentes. Todas as amostras foram caracterizadas por espectroscopia de infravermelho e microscopia eletrônica de varredura e foram realizados ensaios in vivo com Phaseolus vulgaris L.. Os espectros de infravermelho confirmaram a polimerização por meio da formação da ligação de uretana. As micrografias evidenciaram um recobrimento com espessura inferior a 30 μm. O desempenho dos grânulos foi analisado por meio dos ensaios de liberação controlada da ureia em água (Fig 1c), os quais demostraram que os revestimentos poliméricos retardam a liberação da ureia em aproximadamente 50 % durante um período de 200 min (Fig. 1d). Já os ensaios in vivo, no Phaseolus vulgaris L. mostraram que a utilização da ureia com revestimentos nas proporções (em massa) de 60:40 e 50:50 (difenilmetano diisocianato/poliol poliéter) elevaram o teor de massa seca em 52 e 22 %, respectivamente. Com isso, conclui-se que é possível revestir fertilizantes nitrogenados de forma simples com eficiência, otimizando a liberação dos nutrientes no solo e tornando-os mais sustentáveis.

Fig. 1 – Grânulo do fertilizante de ureia comercial (a); Ureia após o processo de revestimento com poliuretano (b); Ensaio de liberação controlada do fertilizante em meio aquoso (c, d).

Fonte: da própria autora.

Para leitura do artigo científico completo acesse:

https://www.scielo.br/j/rmat/a/4PQ5Y4f4cVyhqFKSRgJKXtr/?lang=pt



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