CONTRIBUIÇÕES IMORTAIS: "Serestas", poema de Luiz Alves
SERESTAS
LUIZ ALVES
Membro-fundador da Academia de Ciências e Letras de Sabará
Cadeira 18. Patrono: José Seixas Sobrinho
Cadeira 18. Patrono: José Seixas Sobrinho
Os passos vão-se calando, macios.
Afina-se a última corda.
A mocinha,
Envolta em cuidados,
Afasta a cortina.
(O pai, longos bigodões,
Tem sono leve e mão pesada.)
O trovador raspa a garganta e fala da Lua.
Os violões choram.
O som da clarineta afaga a madrugada.
O friozinho dá um tempo.
O sereno para no ar.
Depois o silêncio,
As caladas despedidas.
E os suspiros.
Ah, namorados outonais,
Mandem flores.
Eia, amantes preciosos,
As joias aí estão.
Mas me deixem nesta ruazinha torta,
Nesta mineira madrugada,
Recordando a seresta que não fiz,
Debaixo da janela que flutua no tempo,
Ao olhar da amada que jamais abracei,
Dizendo de um jeito que eu nunca soube dizer:
— Te amo...
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E é assim que a lua, magnífica lua nos faz amar! É assim, querido Luiz, que sua Seresta abre minhas janelas e me faz mais feliz! Salve Você, sonhador de luas, sons e flores! Beijinhos!
ResponderExcluirMineira madrugada_cheiro de flor ao sereno, música, luar e sentimentos... Emocionante! Glaura
ResponderExcluirSempre nos emocionando... Sempre com seu talento de falar direto as nossas almas!
ResponderExcluirAs palavras bailam, belo, muito belo! Sakve meu Mestre!
ResponderExcluirSelma
Ah! Esse é o meu poeta,Luiz (Veríssimo !?!?!?) Alves dos Santos! Como lida bem com a palavra escrita! Como nos faz "ouvir" as serestas dos enamorados!!!! Parabens,querido!!!
ResponderExcluirNem precisaria,mas há quem não saiba,então.....o comentário anterior é meu....Mônica Maria,viu Luiz?!!!!!
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