CONTRIBUIÇÕES IMORTAIS: "O Coelho Oportunista", versos de Ana Paula Cruz baseados em fábula em domínio público
O COELHO
OPORTUNISTA
Uma fábula antiga e ao mesmo tempo tão atual!
Eis a história, em domínio público, de um coelhinho oportunista, reescrita em
versos por
ANA PAULA CRUZ
Membro-fundador da
Academia de Ciências e Letras de Sabará
Cadeira 20. Patrono: Lúcia
Machado de Almeida
Era um coelho bem metido,
desligado, "nariz em pé",
estava sempre de passagem,
de nenhum bicho dava fé.
Certa vez aconteceu
uma coisa esquisita:
o coelho, muito educado,
para o esquilo fez uma visita.
Os animais, admirados,
não entenderam mais essa:
o coelho de bate-papo
pelas moitas da floresta.
Outro fato muito estranho
deixou o papagaio pasmado:
o coelho fazendo cooper
com a tartaruga do lado.
"Deve ter ficado velho",
a maritaca dizia.
A coruja então comenta:
"Deve estar com anemia."
"Ele está aprontando alguma",
disse o vaga-lume à mariposa
quando viu o coelho passar
abraçado com a raposa.
Os dias foram passando,
e o coelho era só alegria;
virou servente do João de Barro,
e com o gambá sempre bebia.
Prometeu para os bichos
um tanto de besteiras:
operação plástica para o sapo;
para o pica-pau, uma furadeira.
As mudanças do coelho
ninguém conseguia entender,
até que um belo dia
descobriram o porquê.
Com dizeres bem enormes,
um cartaz apareceu:
"Para prefeito da mata
Vote no coelho
Um grande amigo seu!"
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