"Sila, Vate da Lira Eterna", de José Eustáquio Evangelista

Membro-fundador da Academia de Ciências e Letras de Sabará
Cadeira 28. Patrono: Carlos Drummond de Andrade

 SILAS, VATE DA LIRA ETERNA

Ó SILAS, 

vate dos deuses da escrita,

expositor de poemas para o doce deleite

encantador da vida.

Ó Vate das entranhas minhas,

nossas,

do mundo,

vida que navega pelos mares

dos sonhos...

interiores.

Há permanente floração

em sua alma sensível,

onde o verso faz morada.

Pelos lábios de seu céu,

escorre o doce mel que

a sublime inspiração produz,

em instantes mágicos,

para inundar de alegria

a aurora vicejante e festiva,

morada sua.

Em você, ao lê-lo,

vê-se que

a desesperança, em agonia,

é afugentada pela sonoridade

de sua música literária,

sem fim,

sempre inacabada, mas

cheia de desejos de se completar.

Para, em desejo consciente,

decompor a névoa do

não ler com o lirismo

de sua poesia.

Você, poeta, é luz a acossar

as paragens secas da alma,

crepitar dos versos a arder

na fonte quente de seu amor

pela leitura,

que transforma.

Pelas páginas brancas,

cheias de interrogações,

a sonoridade poética compõe

o seu livro mágico a ofertar

o néctar da leitura.

É preciso ler Silas,

saborear seu eu lírico...

Ó monumento oracional,

onde a liberdade da criação,

mãe de todas as liberdades,

contempla as delícias de sua verve

mágica e inspiradora,

aquecida no seu rancho da cultura.

Suplico, grande poeta, com o arfar

de meu coração

que aprisione na alma

o fulgor irresistível da melodia literária,

no regaço acolhedor de sua maestria

que é o canto e a fala dos deuses que o amor aviva e a eternidade pede.

~

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