CONTRIBUIÇÕES IMORTAIS: "Româtica", de Mônica Granja

ROMÂNTICA

MÔNICA GRANJA

Membro-fundador da Academia de Ciências e Letras de Sabará
Cadeira 14. Patrono: Honório Armond

 

“Românticos são loucos desvairados, que pensam que o outro é o paraíso.” Verdade! Fui uma... incorrigível romântica! Seria culpa do José de Alencar, que saboreei na adolescência e estudei na Faculdade?!

Não. Li e estudei também o Machado de Assis... eles não têm culpa. Se ela existe, está em mim mesma, que me apaixonei aos 13 anos por um poeta sabarense, através da convivência e da admiração! Namorei! Casei! Divorciei. Não com ele, hoje amor-amizade, que a maturidade me mostra ser real e, espero, eterno.

Daquele tipo que nos tira o chão e a razão?! Vivi, também! Fiz desse O Amor fascinação! Seu sorriso girassol iluminou e preencheu durante anos um grande vazio em mim... Valeu! Afinal, “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”! Paixões, encantamentos, ternuras, desejos, coisas de alma solitariamente romântica, defeito de fabricação, creio!

Agora, quero calma, serenidade, paz! Meu coração emocional já aprendeu boas lições, e o físico infartou, há algum tempo. Então, vou setentar, daqui a pouco, em fevereiro, tentar ser mais Eu e menos ego... Amar?! Sempre, mas amor ágape, por Deus, pela vida, por todos, de forma mais sublime! Tenho mais tempo atrás dos ombros que à frente, certo?! Hora de adquirir visão mais ampla, mais harmoniosa, mais divina da Vida, e só louvar e agradecer por tudo e todos os mestres da dor e do amor. “Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi!” (Eis meu epitáfio.)

Além do mais, tenho dois amores inigualáveis: meus filhos. Ah! Esse Amor me basta! Sou mãe-coruja!

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